VINHO DOS MORTOS
Sempre ouvi dizer
Que os amantes e apreciadores do vinho
Serão castigados e atirados no fogo do inferno
O Vinho dos Mortos dos vivos
Vinho em garrafas enterrado
Nas escuras e talvez esquecidas adegas
Néctar dos deuses deste novo paladar
História das garrafas enterradas
Começou durante as invasões napoleónicas
Não choreis o vinho dos que já partiram
Não chorarei os mortos já esquecidos
Na escuridão das suas sepulturas ou jazigos
Onde cresce à solta, as ervas daninhas
Sobre os corpos adormecidos que agonizam de dor
Que precisam de encontrar a paz , o caminho
Almas sofridas, perdidas na funda escuridão
E quando o sol dos tristes esquecer os vencidos
Reze e medite orações calmas, puras e profundas
Para todos aqueles que vivem mudos e esquecidos
No final meus amigos, viva Portugal
Bebei o vinho dos mortos em memória de todos os vivos
Se os que amam o vinho e o amor vão para o inferno
Talvez o paraíso deva estar vazio não.
Lindo demais poetisa!
ResponderEliminarGrata pela partilha!
Fantástico! Parabéns!
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